REVIEW – FUSER

Já tinha visto vários trailers sobre este jogo e estava bastante curioso para poder testar o mesmo. Este jogo é a nova proposta da Harmonix, produtora conhecida por jogos como Rock Band. A minha grande curiosidade passa por perceber como é que iríamos entrar na pele de um DJ num evento gigantesco ao estilo Neverland.

Tal como acabei de dizer a proposta do jogo é colocar o jogador na posição de um DJ que começa a dar os seus primeiros passos rumo ao estrelato. O jogo começa por nos introduzir mixagens, faz-nos entender a mistura de beats, sintetizadores, linhas de baixo e até riffts de guitarra. Aprenderemos também a fazer boas transições entre músicas, remover e introduzir novos discos e tudo isto com músicas muito conhecidas de todos nós.

Inicialmente iremos tocar em eventos de abertura de artistas mais conhecidos, mas o nosso grande objetivo é tornarmo-nos os cabeça de cartaz dos festivais de música eletrónica.

Apesar de o jogo parecer simples, ele de simples não tem nada. A campanha do jogo vai dar-nos as ferramentas para conseguirmos entender as mecânicas do jogo, e olhem que existem muitas mecânicas a ser entendidas e assimiladas. Temos de acertar no compasso, meter a faixa certa no sítio certo, encontrar a linha de voz certa da próxima música para poder entrar bem, jogar com estilos e até teremos de tentar corresponder a todos os pedidos do público.

Felizmente todas estas informações são introduzidas uma a uma de forma a nos familiarizarmos com elas, assim não nos enchem o cérebro de muita informação ao mesmo tempo de forma a baralhar tudo.

Todas as introduções novas e explicações são dadas em eventos diferentes de forma a nos habituados a cada uma das novas mecânicas O que faz com que a aprendizagem seja gradual e pouco violenta. É certo que mais à frente durante os grandes festivais iremos ter muito trabalho ao tentar jogar com todas as coisas que iremos aprendendo nos festivais iniciais.

Jogabilidade…

Tentar explicar a jogabilidade é algo bem complicado, tudo isto porque a jogabilidade é bem sonora e visual mas mesmo assim irei explicar por alto de forma a que possam entender.

Antes de entrarmos em cada festival temos de escolher as músicas que vamos levar para fazer as devidas misturas. Algumas músicas já estão predefinidas mas temos sempre algumas slotes em aberto para podermos escolher as músicas que queremos levar para fazer as nossas mixagens.

Para além da escolha de músicas podemos também escolher o visual da nossa personagem e os efeitos de luzes, fumos e outras coisas presentes no palco. Conforme vamos avançando no jogo vamos desbloqueando novos itens que podem ser usados a nosso favor quando estamos em palco. Depois de tudo isto escolhido iremos entrar em palco. 

Na parte de cima do ecrã vamos ter a lista de músicas que temos disponíveis para colocar na mesa e quando selecionamos a música que queremos colocar aparece-nos um D-Pad virtual para escolhermos o que queremos introduzir referente a essa música. Cada uma das quatro posições do D-Pad correspondem a um prato presente na mesa, um desses pratos corresponde a pista de voz, outro pertence a linha do baixo, um outro pertence aos sintetizadores e por último temos o prato da batida.

Assim sendo, e como disse acima, quando selecionamos uma música temos que escolher o que queremos introduzir na mixagem referente a um dos 4 pratos de que acabo de falar.

É bem interessante ver como funcionam os 4 pratos com músicas completamente diferentes mas que se encaixam perfeitamente de forma a criar um set bem interessante. 

Depois de aprendermos tudo o que precisamos para poder brilhar no evento as coisas começam a complicar-se e a obrigação de fazermos cada um dos compassos entrarem no tempo certo é cada vez mais importante. Felizmente existe forma de percebermos qual o tempo certo para introduzirmos cada um dos CDs pois existe o chamado pick-up onde existem pontos que nos dizem qual o melhor momento para introduzir a nova pista. Mas a melhor forma de vos explicar isso é dando-vos um exemplo, imaginem um refrão, imaginem que estão a fazer uma mistura onde ainda estamos no meio dos versos da música e de repente colocamos o refrão de outra música bem à toa no meio do nada, certamente não irá ficar bem e iremos desagradar o público.

E se tudo isto já parece complicado podem ter a certeza que o jogo complica ainda mais, mas não posso dizer que seja um complicado desnecessário mas sim um complicado ao nível profissional. Durante os eventos de tutorial iremos aprender a retirar CDs da mesa de forma a eliminar um dos sons e voltar a colocar outro CD com outro som ou batida no tempo certo. Conforme vamos evoluindo vamos tendo ainda mais dificuldades. Quando estivermos um pouco mais evoluídos iremos ter acesso a uma espécie de Drum Machine, digamos que é uma espécie de tablet onde vamos ter algumas instrumentações e podemos fazer padrões ou loopings que poderemos usar no decorrer da nossa atuação. Teremos ainda efeitos sonoros como, ecos, flanger, delays de sincronização ou mesmo pitch’s que podem ser utilizados no decorrer da nossa prestação em palco o que vai dar um aspecto profissional ainda maior ao nosso trabalho, mas tudo isto se forem introduzidos no tempo certo.

Conforme vamos subindo de nível vamos ganhando a moeda do jogo que nos vai permitir comprar elementos cosméticos e músicas para podermos mixar. O jogo conta com cerca de 100 artistas e canções dentro dos mais variados estilos e épocas. Acredito que no futuro iremos ter as micro-transações para comprar mais conteúdo e poder assim fazer mais misturas e dar mais qualidade a nossa performance em palco. O jogo está muito bem conseguido e é bastante fácil e fluido.

Multiplayer…

A Harmonix deu a este jogo uma componente online bem forte, algo que nunca imaginei num jogo deste estilo. Temos a possibilidade de jogar de forma cooperativa onde iremos usar as músicas que quisermos da forma que quisermos, entrelaçando o nosso set com o set de outro jogador. Temos as Battles, um modo de jogo onde iremos tentar fazer melhor do que o nosso adversário tentando fazer o público vibrar mais com as nossas misturas do que com as dele. Por fim, temos ainda o formato “head to head” onde o público vai pedindo as músicas que quer ouvir (sendo que o público pode ser controlado pelo computador ou podem ser outros utilizadores que estão a pedir essas mesmas músicas que estejam disponíveis na Batalha).

[youtube v=”xOw2BfCtzl0″]

Conclusão…

Fuser é um jogo incrível, posso dizer que é um jogo bastante intenso e que para muitos poderá tornar-se bem complicado mas que mostra aspectos muito profissionais do mundo da música.

Este é um jogo divertido e desafiante e contém todas as ferramentas que um DJ necessita para fazer um bom espetáculo. Não seria de esperar outra coisa de uma produtora como a Harmonix que consegue novamente marcar o mundo dos videojogos musicais.

O jogo está muito bom e muitos serão os jogadores que vão delirar com Fuser, e apesar de o jogo contar com 100 canções disponíveis para as mixagens eu acredito que a produtora irá lançar no futuro mais canções, mas temo que sejam em formato de micro-transações, tal como já tinha sido visto em Rock Band. Mesmo assim é um jogo que irá divertir os jogadores durante horas e horas. pena que este jogo não possa ser levado para stream em plataformas como Twitch ou YouTube por causa dos direitos de autor.

[i2pc show_title=”true” title=”NOTA: 9/10″ show_button=”false” pros_title=”Positivo” cons_title=”Negativo” ][i2pros]Divertido e desafiante.
Jogo bastante técnico.
DJ Battles são um modo online divertido.[/i2pros][i2cons]Micro-transações.[/i2cons][/i2pc]